Vingadores Ultimato: um épico pra ninguém botar defeito

Já há mais de uma semana nos cinemas e batendo recorde em cima de recorde – mais de 1,5 milhão de ingressos vendidos SÓ NO DIA DA ESTREIA, em cartaz em 80% dos cinemas de 54 países e mais de  1,2 bilhão de  dólares de renda antes mesmo de completar o primeiro final de semana em cartaz –  Vingadores Ultimato (Avengers Endgame) é sinônimo de grandiosidade, inclusive em spoilers. Difícil passar um dia na Internet sem se deparar com alguma matéria que não estrague o filme para quem não assistiu ainda, com títulos que já entregam tudo desde o começo como “A morte de __________ estava planejada desde o início da produção” ou coisa parecida.

Pois, como não sabemos se você foi ao cinema, este texto não vai ser mais um destes. De maneira geral, apenas vamos citar que Avengers: Endgame envolve viagens no tempo, mas caso não tenha visto o longa ainda pode seguir em frente sem sustos que não haverá spoilers, falaremos apenas do filme como um todo.  Agora, se já assistiu – ou quiser entrar numa das maiores polêmicas dos últimos tempos (oops, trocadilho!), então clique aqui por conta e risco para entender melhor o que ocorreu.

De volta a Ultimato: grandioso definitivamente é a palavra para descrever o filme que encerra o ciclo iniciado há 11 anos, em um longínquo 2008, com Homem-de-Ferro. Do elenco, que inclui praticamente todos os heróis e boa parte dos vilões que desfilaram na telona do Universo Marvel (são pelo menos 12 atores considerados principais, mas com um pouco de leniência em relação ao termo “principais” o número chega facilmente aos 40), à batalha épica que dá os destinos finais do universo, tudo no filme é deliciosamente superlativo.

Como seria de esperar, tudo começa após a “desintegração” de metade da população universal promovida por Thanos em Guerra Infinita (sim, é preciso assistir pelo menos o filme anterior dos Vingadores para entender este, e recomenda-se também O Homem-Formiga e a Vespa como pré-requisito). Delicadamente, o filme relembra pro expectador quais foram as baixas, afinal já se passou um tempo desde o estrago promovido pelo vilão queixudo.

Com o reforço kickass da poderosa Miss Marvel, os heróis restantes decidem ir atrás de Thanos, mas os resultados não são lá os esperados. O tempo passa, a vida segue, até que surge uma nova oportunidade de consertar as coisas, mas não será nada fácil. Como em todo bom filme de herói, os grupos se dividem para fazer diferentes tarefas, nem tudo sai como esperado e, sim, sacrifícios serão necessários para que o bem vença o mal, espante o temporal etc.

O roteiro do filme é muito bem amarrado e com direito a uma harmoniosa intercalação de:

– Cenas e frases bem-humoradas, com destaque para Homem-Formiga, Hulk e, em especial, Thor. A, digamos, nova fase do asgardiano está impagável e mostra que Chris Hemsworth não é só um tanquinho, quer dizer, rostinho bonito. O Deus do Trovão do filme, ou da maior parte dele, está bem mais próximo da lenda nórdica dada a excessos e mudanças de humor do que do garboso original de Stan Lee. Simplesmente impagável.

– Drama, pois não faltam momentos tocantes e conclusões inesperadas. E sim, você sabe quais atores não renovaram contrato (ou pode descobrir no google), então há a tristeza dos fãs em saber que se despedirão deles neste filme, de um jeito ou de outro. Mas não seja mórbido, nem todo mundo morre (rs) e, como diz o slogan mais conhecido do filme, “Parte da jornada é o fim” (ou “o fim faz parte da jornada”, dependendo da tradução e do estado de espírito).

– Ação, é o que não falta, com diversas lutas entre personagens daquelas coreograficamente planejadas e batalhas de proporções só possibilitadas por recursos de computação gráfica que com certeza nem se sonhava há 11 anos quando tudo começou. E cenas individuais maravilhosas dentro destas batalhas, daquelas de fazer a plateia levantar, como aquela em que o Capitão América pega o….opa! Nada de spoilers por aqui  

– Girl Power! Capitã Marvel arrebenta em suas aparições – uma delas com cabelo igual ao atual dos quadrinhos –e há um cena na batalha (ou seria guerra?) final que ilustra a palavra empoderamento feminino como você nunca viu antes.

Um detalhe importante: as três horas do filme não se arrastam. Normalmente as pessoas notam a primeira, mas depois só voltam a olhar no relógio quando o filme acaba. Ah, e é importante notar que o falecido Stan Lee tem a tradicional – e última – participação especial nos filmes do Universo Marvel.

Já outra tradição, a das cenas pós-créditos, não se repete neste filme. Segundo os produtores, a ideia foi transmitir o fim de um ciclo, já que nada será como antes nos próximos filmes, caso existam (alguém duvida?). Pode até ser que a justificativa seja real, mas há outra, muito mais simples: depois de três horas na cadeira e emoções a mil, ninguém vai aguentar esperar os créditos passarem pra ver mais…

 

Enfim, não há dúvidas de que Vingadores Ultimato é o filme do ano, apesar de o ano ainda nem ter chegado ao meio. Se Pantera Negra ganhou, merecidamente, três Oscars, esse último Vingadores deve conquistar bem mais.

 

NOTA DO CRÍTICO: Excelente!

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