Nem o final de 2004 nem o início de 2005 foram bons para o mundo dos quadrinhos. Além de Will Eisner, os fãs perderam neste início de ano o ilustrador Frank Kelly Freas, um dos criadores do hilário Alfred E. Newman – o rapazinho orelhudo que ilustra as capas da revista MAD e que pode ser visto na mais recente revista brasileira parodiando o bebê da animação Os Incríveis.
Freas ilustrou centenas de capas de MAD, além de ter trabalhado em publicações de ficção científica. São dele, por exemplo, boa parte das capas dos livros de Isaac Asimov e Arthur Clarke.
Já no final de 2004, o mundo das HQs deu adeus a Harry Lampert, um dos criadores da primeira versão de The Flash. Desenhista profissional desde os 16 anos, Lampert faleceu aos 88 anos, em decorrência do câncer. Além do famoso super-herói velocista conhecido no Brasil como Joel Ciclone, ele há havia desenhado histórias de, entre outros, Popeye, Betty Boop e Koko, o palhaço.
Ainda no final de 2004, o Brasil também sofreu uma grande perda, mais uma vez para o câncer: o cartunista Borjalo (Mauro Borja Lopes). Desenhista “da antiga”, Borjalo é referência e influenciou a maioria dos artistas nacionais de peso, como Angeli e Laerte. Produziu charges históricas, em especial no período da ditadura, e foi fundador da primeira cooperativa de artistas nacionais, junto com Ziraldo e Jaguar.
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