Vampiras !

Vampiras !

Se você já está cansado da novelinha da Globo e prefere histórias de Vampiro com doses maiores de sangue e sensualidade, desligue a TV e corra para a banca mais próxima. Aproveitando a "Vampiromania’, três editoras nacionais lançaram álbuns de histórias em quadrinhos com duas das vampiras mais sexies já concebidas no planeta: a européia Vampirela e a brasileira Mirza.

Vampirela, criada por Forest Ackerman em 1971, é uma vampira morena e voluptuosa, que anda em trajes minúsculos e morde as gargantas de homens e mulheres, sem distinção. Mas, por escolha própria, só de homens e mulheres "maus" (bandidos, assassinos e por aí afora).

Originalmente, a personagem – que já teve um quadro com sua primeira imagem produzida vendido por US$ 77 mil – vinha de um planeta chamado Draculon, onde os habitantes se alimentavam de "sangue natural", que jorrava de rochas e rios. No entanto, a origem da vampira foi reformulada, como os leitores poderão conferir no álbum especial Vampirela Vive, lançado pela Devir (98 páginas, colorido, formatão, R$ 22,50).

Na história, que recebeu tratamento gráfico de primeira (coisa que, por sinal,a Devir vem fazendo em vários de seus lançamentos), Vampirela enfrenta um vampiro bem mais perigoso que ela ao mesmo tempo em que resolve problemas com dois velhos inimigos e descobre um pouco mais sobre sua mãe, Lilith – a figura mitológica apontada por algumas religiões como primeira esposa de Adão e mãe de todos os demônios. É sangue para todo lado, literalmente.

Já a brasileira Mirza vem em dose dupla. Mirela Zamanova, é a sétima filha de um nobre polonês cuja família foi amaldiçoada. Após um incidente com o namorado da irmã, Mirela torna-se uma vampira e adota o nome Mirza. Fingindo ser uma modelo profissional e auxiliada pelo corcunda Brooks, Mirza visita as principais cidades do mundo -e crava seus dentes nos cidadãos dos locais pelos quais passa.

Mirza foi criada por Eugênio Colonnese e Luís Meri em 1967 e conquistou fãs de todas as idades, já que de quando em qando suas revistas eram republicadas ou ganhavam novas edições. Neste final de 2002 os fãs podem encontrar duas publicações da vampira brasileira nas bancas e lojas especializadas. A primeira é uma edição de luxo, lançada pela coleção Opera Brasil, da Opera Graphic: Mirza, a Vampira (Opera Brasil número 8, 52 páginas, formato 21×28 cm, páginas internas em preto e branco, R$ 9,90). O álbum traz duas histórias, uma com o estranho Morto do Pântano (não confundir com o famoso Monstro do Pântano) e outra que faz até um curioso paralelo com recentes mortes de políticos brasileiros. Os desenhos são do próprio mestre Colonnese, pai da vampira, e o argumento é de Franco de Rosa.

A segunda opção para ver Mirza é um gibizinho lançado pela Editora Escala, por R$ 4,90, com 260 páginas. O gibi traz 21 HQs antigas de Mirza, também desenhadas por Colonnese, mas com vários argumentistas. Proteja seu pescocinho.