Durante muito tempo, o slogan do Superman foi defender a justiça, a verdade e o american way. Mas em um mundo globalizado, cheio de guerras e crimes em todos os países e no qual o tal jeito estadunidense perde cada vez mais a essência, o herói já ampliou o escopo há algum tempo e busca defender o planeta como um todo. Aproveitando o lançamento do filme Superman:Legacy neste dia 10 de julho, a DC quer mostrar mais esse lado de defensor mundial do Homem-de-Aço e está promovendo neste mês o lançando simultâneo de Superman: O Mundo.
Com 216 páginas e capa dura, a obra traz histórias inéditas do primeiro super-herói do mundo ambientadas em 15 países ao redor do planeta e escritas e desenhadas por autores desses países. No caso do Brasil, o (muito bem) escolhido foi Jefferson Costa, que tem na estante um Troféu HQMIX e um Prêmio Jabuti conquistados por Jeremias:Pele (uma das melhores Graphic MSP já lançadas, desenhada por Jefferson e com roteiro de Rafael Costa).
Jefferson Costa, por sinal, irá participar presencialmente de dois lançamentos do gibi: no dia 12 de julho ele estará às16 horas em Campinas, na Livraria Leitura do Shopping Parque Dom Pedro e, às 14 horas do dia 19 de julho, na Comic Boom em São Paulo, no bairro Tatuapé. Nas duas ocasiões, Jefferson – que é extremamente atencioso com os leitores, como sabe quem já o encontrou em uma Comic-Com Experience (CCXP) – participará de bate-papo e dará autógrafos.
Manto Tubinambá
Mais do que se passar no Brasil, a HQ de Jefferson Costa coloca o Super-Homem (e o alterego dele, o jornalista Clark Kent) em contato com a cultura brasileira, mais especificamente com o famoso manto sagrado tupinambá, um dos artefatos mais valiosos da história do país.
Usado por caciques em rituais, esse tipo de manto – com cerca de 1m80m e feito com penas vermelhas e fibras naturais – é considerado de valor inestimável tanto por historiadores quanto por museólogos. Menos de 12 peças como essa existem no mundo e o Brasil, de onde elas se originaram, não tinha nenhuma até o ano passado, quando foi feita a repatriação de uma peça que estava há pelo menos 300 anos em território dinamarquês – após negociações entre a embaixada brasileira em Copenhague, o Museu Nacional do Rio de Janeiro e o Museu Nacional da Dinamarca.
A peça, que foi retirada do Brasil ainda no período, é considerada um “ancião” e um ser vivo que traz energia e união para o povo Tupinambá, algo que é bem explorado na história. Nela, Jefferson Costa traz Clark Kent ao Brasil para cobrir jornalisticamente a exposição que marca o retorno do manto, no Museu Nacional.
Na HQ, Superman investiga o suposto roubo do manto do Museu Nacional. Contudo, o manto é supostamente roubado e, ao tentar recuperá-lo, o herói entrará em contato com uma divindade indígena e irá aprender um pouco mais sobre saber ouvir e pensar antes de agir.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o Superman vem ao Brasil. Em 1998, por exemplo, o Homem-de-Aço já praticou boas ações na cidade do Rio de Janeiro na HQ Paz na Terra – do roteirista Dan Jurgens com desenhos magistrais de Alex Ross.
Mais países, mais histórias
Além do autor brasileiro, criaram aventuras para Superman:World , ambientadas nos países de origem, os quadrinistas:
Flix (Alemanha);
Mauro Mantella e Agustín Alessio (Argentina);
Dr. Ejob Gaius, E.N. Ejob e Coeurtys Minko (Camarões);
Jorge Jiménez e Alejandro Sánchez (Espanha);
Dan Jurgens e Lee Weeks (Estados Unidos);
Sylvain Runberg, Marcial Toledano Vargas e José Manuel Robledo (França)
Rana Daggubati e Sid Kotian (Índia);
Fabio Celoni e Marco Nucci (Itália);
Satoshi Miyagawa e Kai Kitago (Japão);
Bef (México);
Bartosz Sztybor e Marek Oleksicki (Polônia),
Stevan Subic (Sérvia);
Štěpán Kopřiva e Michal Suchánek (República Tcheca);
Ethem Onur Bilgiç (Turquia).
Superman: Mundo custa R$ 108,90 e já está disponível para compra no site oficial da Panini, além de prevista para chegar em breve às Panini Points, bancas de jornal, lojas e livrarias parceiras da editora em todo o Brasil. O título também estará, obviamente, à venda nas lojas Leitura Campinas e Comic Boom nos dias dos eventos, para os fãs garantirem uma edição autografada.
Comentar