Marita Siqueira*
Niquinha, Doug, Bobrinha, Dona Lena e toda a turma do Só Dando Gizada voltam hoje a habitar as páginas do Caderno C. As tiras, feitas pelo jornalista especializado em quadrinhos e cartunista Djota Carvalho, serão publicadas todos os dias no lugar do Tatu-man, de Bira Dantas, iniciando assim um rodízio de histórias em quadrinhos que a partir de agora vai vigorar no jornal. Mantendo presente a crítica social e o humor, Djota alterna brincadeiras e contextos factuais, tanto da região de Campinas quanto assuntos e valores universais.
A reestreia, por exemplo, terá uma pequena série de quatro histórias cujo tema é a questão da sacristia papal. “É uma sequência, porém com sentido individual”, adianta o cartunista. Para ele, o tema tratado nas tiras deve fazer parte do cotidiano do leitos, por isso, muitas vezes trabalha com metáforas. “Brinco com o preconceito, a rivalidade dos bugrinhos e ponte-pretanos, o consumismo. Enfim, puxo para a vida do leitor e coloco nas tiras características de charge”, afirma ele, referindo-se a sátira presente.
Só Dando Gizada nasceu em 2002 e por sete anos foi publicada no Correio Popular. Após o recesso de um ano, voltou a circular no Correio Escola e agora retorna à editoria de cultura. A história é ambientada numa escola, tendo como principais personagens: Niquinha, uma garota questionadora, politizada e cética; Doug, o “menino do fundão” que tenta sempre dar um jeitinho nas coisas; Bobrinha, o “burrão”; Chica, a “tosca”; Persymista, aquele com que tudo dá errado; e Dona Lena, a professora que ama dar aula, mas sonho todos os dias com a aposentadoria.
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Frases
“Procuro 365 boas histórias por ano”
“Não sou ninguém e sou todos eles”, diz Djota sobre os personagens
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*Marita Siqueira é repórter do Correio Popular, onde esta matéria foi publicada originalmente em 9/3/2013 – Crédito da foto: Rodrigo Zanotto/RAC
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