Lady Gaga no Brasil…e nos quadrinhos

No Brasil para um show que promete levar mais de 1,5 milhão de pessoas a Copacabana, Lady Gaga é dona de um talento enorme e uma popularidade que não estão no gibi. Ou melhor, estão, sim. Como todo astro pop que se preze, a cantora já foi retratada em histórias em quadrinhos, tanto como protagonista quanto em homenagens em HQs de DC, Marvel e até mesmo de Maurício de Sousa.

A primeira “aparição oficial” ocorreu em 2010, no gibi Fame: Lady Gaga, lançado pela Bluewater Production’s.  A série, que tinha como proposta trazer biografias de ícones pop para os quadrinhos, teve três gibis dedicados à ela. Escrita por Dan Rafter e com arte de Kristoffer Smith, Fame: Lady Gaga dividiu opiniões por não ser uma biografia tradicional. No primeiro gibi, por exemplo, havia apenas duas informações “biográficas”: o fato de o nome real de Gaga ser Stefani Joanne Angelina Germanotta e de ela ter estudado em uma escola católica.

Por sinal, Gaga mesmo só aparece  nas páginas finais do gibizinho inicial, que é protagonizado por um sujeito obcecado pela cantora, a ponto de querer se transformar nela (ou destruí-la, em algumas páginas).  Neste sentido, quem gostou da HQ se focou justamente no fato de que Dan Rafter “trabalhou com  temas subjacentes que as pessoas gostam na música de Gaga”  e “na maneira como ela se apresenta: glamour, identidade, a atração da fama, a maleabilidade do gênero, a ironia na sociedade moderna.”

Independentemente das opiniões, todos os quadrinhos tiveram  tiragem esgotada, mas  há um ominibus contendo os três exemplares que ainda pode ser encontrado à venda pela Internet (publicado pela Tidalwave).

No mesmo ano de 2010, Gaga fez uma “participação especial” indireta em um gibi da Marvel. Mais precisamente na edição #649 de O Espetacular Homem-Aranha, o herói está sendo massacrado pelos raios ultrassônicos do Duende Macabro quando alguém coloca Bad Romance para tocar no sistema de som do laboratório onde a luta se desenrola. A música faz com que o aracnídeo reganhe consciência e salva a vida dele.

No ano seguinte, em 2011, foi a vez da DC Comics homenagear Lady Gagag na HQ Batman Incorporated: Leviathan Strikes! Nela, Stephany Brown, a Salteadora (que na época estava atuando como Batgirl) foi investigar a “Escola St. Harians para meninas espiãs” e as professores se pareciam com divas pop. Mais especificamente, Lady Gaga, Rihana e Katy Perry. Ah, sim, a reitora era a cara a Madonna.

Também em 2011  a cantora foi tema de uma HQ da Magali, de Mauricio de Sousa. O namorado da menina comilona está apaixonado pela cantora “Lady Gagá” e Magali, com ciúme e para chamar atenção, resolve se transformar em “Lady Magagá”, criando looks dignos da diva pop.

Alguns anos depois, em 2017, o quadrinista  Eric Kostiuk Williams, mais conhecido como EKW, fez uma cobertura jornalística em quadrinhos de dois shows da turnê Joanne World Tour em Toronto, no Canadá.  O trabalho foi publicado na revista Now.

Por fim, no universo expandido dos quadrinhos,  vale lembrar que em 2020 surgiram boatos mundo afora que Lady Gaga interpretaria nos cinemas a personagem Emma Frost, a Rainha Branca de X-Men. No fim, porém, ela acabou dando vida foi a Arlequina de Coringa 2: Folie a Deux, filme que não entusiasmou aos fãs. Pelo menos não aos de quadrinhos.

 

Djota Carvalho

Dario Djota Carvalho é jornalista formado na PUC-Campinas, mestre em Educação pela Unicamp, cartunista e apaixonado por quadrinhos. É autor de livros como A educação está no gibi (Papirus Editora) e apresentador do programa MundoHQTV, na Educa TV Campinas. Também atuou uma década como responsável pelo conteúdo da TV Câmara Campinas e é criador do site www.mundohq.com.br

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