Hoooomeeeem Pássaro… e
Galaxy Trio
Peça a qualquer um para citar um desenho criado pela Hanna Barbera e com certeza a resposta será Flintstones, Jetsons ou quem sabe Zé Colméia, Mandachuva, Jambo e Ruivão… Isso porque todo mundo lembra dos desenhos cômicos e dos bichinhos (ambos incríveis) criados pela dupla, mas o que quase ninguém se lembra é que eram de Joseph Hanna e William Barbera dois dos desenhos de heróis que mais marcaram a infância dos milhares de jovens brasileiros que passavam suas manhãs em frente às telas da Globo nos anos 70: Homem-Pássaro e Galaxy Trio.
Os dois desenhos foram criados pela HB em 1967 e eram ditribuídos em conjunto para serem exibidos. Ou seja, uma aventura do Homem-Pássaro, a segunda do Galaxy Trio e mais um Homem-Pássaro fechando a seqüência (cada desenho tinha cerca de oito minutos). Homem-Pássaro (Birdman, no original) era integrante de uma organização secreta que defendia a Terra contra os mais diversos tipos de monstruosidades (robôs espaciais, aranhas gigantes, monstros marinhos, cientistas loucos e muito mais).
O herói morava dentro de um vulcão extinto, oculto entre uma cadeia de montanhas. Sempre que surgia algum perigo, o misterioso chefe da organização – Falcão Sete – aparecia na tela do computador da "pássaro-caverna" (ou seria montanha?) alertando sobre o problema. Terminadas as instruções, o portal metálico que fechava o vulcão se abria, Homem-Pássaro e sua águia (Vingador) saíam e lá vinha o grito: "Hooooomeeeem Pássaro".
O herói alado possuía poderes solares: soltava poderosos raios com seus braceletes e podia produzir um escudo (e em uns poucos desenhos, até mesmo uma espada) feitos de energia do sol. O problema é que seus inimigos sempre davam um jeito de prendê-lo lonje do sol, esgotando os poderes do herói. Na hora H, claro, o Homem-Pássaro escapava, reabastecia suas energias e dava conta do recado. O desenho foi bastante popular e teve bastante fôlego – que foi renovado após a primeira temporada com o surgimento do Paroto-Pássaro (Bird Boy), que aqui no Brasil nem chegou a ser muito conhecido. Homem-Pássaro parou de ser produzido no início dos anos 70 (justamente quando começava a se firmar no Brasil), mas, para quem sente saudade do herói, na página brasileira da Hanna Barbera é possível ouvir o famoso grito, gravado em português.
O Galaxy Trio, cujos desenhos acompanhavam o do vingador alado, também eram uma arma contra monstros espaciais. A diferença, porém, era que os três heróis eram uma espécie de patrulha espacial, que socorria não só a Terra como também outros planetas e alienígenas em perigo.
O trio era composto por três humanóides. O Homem-Vapor geralmente assumia a liderança do grupo. Com cara de galã e pele esverdeada, o rapaz tinha o poder de se transformar – por inteiro ou em partes – em qualquer tipo de gás ou vapor.
O Homem Meteoro tinha orelhas que lembravam as de Spock, de Star Trek, mas as semelhanças com o vulcaniano paravam por aí. O musculoso do grupo, ele podia aumentar quase que indefinidamente sua força e o tamanho de seu corpo (geralmente bastava aumentar os braços e os gigantescos punhos para detonar o inimigo).
Completava o trio a mais calma dos três: a Mulher Flutuadora. Com longos cabelos ruivos e a aparência mais terrestre dos três, a garota tinha o poder de controlar a gravidade ao seu redor (por sinal, o nome da personagem no original era Gravity Girl).
Mistura de Quatro Fantásticos com Jornada nas Estrelas, o Galaxy Trio alcançou sucesso razoável, mas os fãs reclamavam um pouco sobre a repetitividade do desenho. Talvez por dispor de pouco tempo, as histórias de Galxy Trio eram praticamente iguais umas as outras: o que variava mesmo era apenas o formato dos inimigos alienígenas.
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