Dragon Ball Z,
a saga continua
por Takanobu Sama *
No último episódio, ou melhor, na primeira coluna sobre Dragon Ball, você ficou sabendo que ele foi um dos mais populares mangás de todos os tempos e que mostrava a infância e adolescência de Goku, ainda com rabo de macaco e aprendendo a dominar suas técnicas de luta. Quando Goku se tornou adulto e casou (com Chichi, de quem ficou noivo na terceira ediçãodo Mangá porque a tocou para saber se era homem ou mulher…), o mangá entrou em uma nova fase e a Toei Animation levou esta nova fase para a TV com o desenho animado Dragon Ball Z. Vale lembrar que no mangá a divisão não existiu…
A principal diferença desta nova fase é que em Dragon Ball o destaque da série era a veia cômica, ou seja, por mais que houvesse uma série de combates, o que mais se sobressaía era a comédia, as piadas engraçadas envolvendo os personagens. Já em DBZ, a coisa muda.
O desenho (e a nova fase do mangá) se inicia com o nascimento do filho de Goku (agora definitivamente um adulto) e ChiChi, que recebe o nome de Goham (por sinal, a palavra japonesa para "arroz"). O adulto Goku continua a ser honesto, poderoso e razoavelmente ingênuo, mas aos poucos se torna mais inteligente e maduro.
Todos o personagens do desenho também cresceram (e também outros, como Bulma, vão se casar e ter filhos nesta fase). Esta passagem de tempo real, por sinal, é uma das atrações para aqueles que vinham acompanhando os quadrinhos…
A principal novidade desta fase, porém, é que Goku finalmente descobre seu passado: ele não é humano e sim integrante de uma raça de guerreiros espaciais, os Saiyajin (Saiya significa "Vagem" e "Jin" significa raça em japonês, ou seja a raça-vagem). Os Sayajin são criaturas extremamente belicosas e Goku foi enviado à Terra ainda bebê para destruir todos os habitantes do planeta. No entanto, chegou desmemoriado e recebeu uma criação idônea que o transformou em um "guerreiro do bem".
No entanto, outros guerreiros da raça – e de outras espécies alienígenas como os NamekuseiJin (os homens-babosa) chegam à Terra e Goku tem de enfrentá-los para proteger o planeta.
Alguns, como Picollo (o verdinho aí do lado) inclusive chegam a mudar de lado após enfrentar o herói. Picollo, por sinal, acaba virando mentor de Goham – que também cresce com o passar do tempo da série, se tornando o guerreiro loiro na figura mais abaixo.
A mudança mais radical, porém , é que a série passa a deixar (bem) de lado o humor e em seu lugar entram, com toda a força, as batalhase cenas mais violentas (mas, a princípio, ninguém morre… pelo menos de maneira definitiva).
Dragon Ball Z tem 291 séries, divididas em várias sagas (Saiyajins, Freeza, Cell, Boo, etc) e, além de Goham e Picollo, apresentou vários outros personagens novos, inclusive o filho de Bulma (a louquinha da primeira série) e seu marido Vegeta, um garoto chamado Trunks – mais uma vez entra em cena o humor do autor Akira Toryama: Bulma é uma gíria para calcinhas ou aquele tipo de shortinho bem curto, como os usados pelas meninas em jogos de vôlei, e Trunks é uma designação para bermudas (Chichi, nome da esposa de Goku, quer dizer peitos grandes; Yamcha significa vagabundo e assim vai…)
As lutas de DBZ foram produzidas por Toryama e pela Toei Animation até 1994, quando o autor decidiu que estava cansado de escrever Dragon Ball e colocou um ponto final na série – que na TV computou um total de 291 capítulos!
Toryama proibiu que qualquer outro autor desse continuidade ao mangá. Mas na TV, a história foi diferente. A Toei e as fábricas de brinquedos (que até hoje vendem bonecos dos personagens da série como água por lá) fizeram pressão e Toryama permitiu a produção de uma nova série, desde que ele próprio não tivesse de produzir nada (e, claro, recebesse lucros dos personagens). E asssim surgiu Dragon Ball GT, sobre o qual a gente fala semana que vem, na derradeira coluna sobre Dragon Ball (ufa!!!)
* Taka Sama recentemente descobriu que é de outro planeta, da raça das criatruras semente. Mas, infelizmente, ele nunca brotou….
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