Re-curta o Zero. Ele voltou!

Mundo HQ

Ordinário, marche: Zero está de volta

O milico mais conhecido dos quadrinhos – e o que mais marcou a juventude de várias gerações brasileiras – volta às bancas e lojas especializadas em quadrinhos brasileiras a partir do dia 15 de setembro de 2001 (ao menos nos Estados do Rio e de São Paulo; nos demais a distribuição deve demorar um pouco mais). O recruta é o personagem principal do segundo número da Coleção King Komics, da Editora Opera Graphica, que está coletando as melhores tiras dos mais importantes personagens dos quadrinhos da King Features Syndicate criados para jornais. Todas as tiras são inéditas em revistas brasileiras.
A primeira edição do título foi dedicada ao viking Hagar – e a próxima deverátrazer ninguém menos que o mágico Mandrake.
De volta ao reco mais famoso das HQs, a edição que chega às bancas traz a reprise de uma antológica historieta, batizada de " O Calhambeque", que foi criada exclusivamente pela equipe de Mort Walker para os gibis da King Features dos anos 60. É uma aventura que brinca com o ícone dos tempos da "jovem guarda". O Calhambeque saiu no Brasil na "Edição Colorida" do Recruta Zero da Rio Gráfica e Editora, número 59, de maio de 1968. Conforme relata o release da Ophera Graphic sobre a revista, "uma data emblemática. Foi em maio de 1968 que iniciou-se a revolução neo-liberal, a partir de uma gigantesca manifestação estudantil deflagrada na França. Foi quando aconteceu o evento da "primavera de praga", a primeira grande investida contra os paises de leste da guerra fria. Período este também em que o movimento hippie estava em alta em todo o mundo e aqui no Brasil começava os mais duros dos dias da ditadura militar. O que deixava os editores da Rio Gráfica, o senhor Roberto Marinho e seu secretario de redação Wilson Drummond muito apreensivos, afinal, o Recruta Zero apontava suas baterias diretamente para a vida da caserna dos donos do poder. " Precavidos os editores até aumentaram, na capa do gibi, o tamanho do selinho "Aprovado pelo código de ética", que era estampado nas capas dos gibis americanos indicando que eles haviam passado pela censura e reproduzido nas revistas dos gibis das editoras Rio Gráfica, Ebal e Abril.
Já as tiras e páginas dominicais que tomam conta da maior parte da edição de Zero da coleção King Komics são contemporâneas e as piadas protagonizadas pelo General Dureza são o ponto alto.
É lógico que nem Dureza nem Zero são os únicos em destaque na revistinha. Sargento Tainha, Tenente Escovinha, Capelão, Quindim, Dendinho, Platão e toda a turma do quartel Swampy também aparece em situações hilárias. O gibizinho é em preto e branco, tem 100 páginas e custa R$ 3,90. Saiba mais sobre Zero no nosso Quadrindex.

Djota Carvalho

Dario Djota Carvalho é jornalista formado na PUC-Campinas, mestre em Educação pela Unicamp, cartunista e apaixonado por quadrinhos. É autor de livros como A educação está no gibi (Papirus Editora) e apresentador do programa MundoHQTV, na Educa TV Campinas. Também atuou uma década como responsável pelo conteúdo da TV Câmara Campinas e é criador do site www.mundohq.com.br

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