Vitória do mau caráter!
Calma, calma, não estamos falando (ainda) de Jader Barbalho e ACM. Trata-se de outros vilões, bem mais simpáticos, pelos quais dá até para torcer, os das HQs. Pelo menos uma vez em suas vidas, eles venceram uma batalha: a das vendas em banca. Traduzindo: a revista Canalha, que publica histórias estreladas pelos bandidos em vez dos mocinhos, emplacou nas bancas e está chegando ao número 2.
Apesar de ter sido prejudicada pela distribuição mal feita em algumas cidades do Brasil (muita gente procurou, mas não achou a publicação), a Canalha agradou e, a julgar pelo entusiasmo dos editores pela número 2, veio para ficar. Nesta edição, prevista para chegar em bancas e lojas especializadas por volta de terça-feira, 17 de abril, mais uma vez o mau-caratismo impera. A começar na história da capa, onde o detetive Zózimo Barbosa, aquele que foi criado para estrear no número 1 da revista, volta a aprondar suas calhordices (tudo com muito bom-humor, é claro).
Já na inusitada "Perseguindo Traseiros", o argumentista espanhol Sanchez Abuli e o desenhista Darko Perovic retratam o cotidiano de dois canalhas também inusitados: "olhos" e "pernas". Só lendo para entender a sacada (afinal, você não quer que a gente conte tudo, não é?).
Completam a edição uma nova HQ do policial calhorda Morgan, da dupla espanhola Segura e Ortiz, e outro personagem de Sanchez pouco conhecido no Brasil: o vaqueiro Snake, habitante de um velho Oeste que nem John Wayne nem Jonah Hex imaginavam.
Além das HQs, Canalha número 2 traz uma novidade para os leitores: uma seção de entrevistas. A inaugural é com o próprio Sanchez Abuli, autor de duas HQs da edição, que revela que seu personagem Torpedo vai terminar em virtude de brigas entre ele e o desenhista da HQ. Tudo muito bom, mas só um detalhe: a parte de entrevistas foi batizada de "páginas negras" e, se o pessoal da revista Trip ficar sabendo disso, é capaz de não gostar muito…
A Revista Canalha número 2 tem 32 páginas em preto e branco e custa R$ 4,80. Mocinhos, tremei!
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