Bomba cai em campinas – Exposição sobre Hiroshima

Mundo HQ

A bomba caiu

Eram oito horas daquela manhã de 6 de agosto de 1945 e a vida na maior cidade da região oeste do Japão estava começando; as crianças iam para a escola, os adultos dividiam-se entre os afazeres rotineiros da casa ou preparavam-se para mais uma jornada de trabalho. Cerca de 15 minutos depois, a vida acabava em Hiroshima: 200 mil pessoas desapareciam em um inferno radioativo de seis mil graus, tendo seus corpos carbonizados pelo efeito da primeira bomba atômica utilizada na história da (des)humanidade.

Os que sobreviveram tiveram de enfrentar incêndios, fome, destruição, doenças causadas pela radioatividade e, tempos depois, câncer, leucemia, deformações de seus filhos e netos. O mundo conheceu ali o terror de maneira até então nunca vista, e que se repetiria poucos dias depois com a explosão da segunda bomba, na cidade de Nagasaki. A partir deste sábado, dia 6, quando a tragédia que abalou o mundo completa 60 anos, Campinas sedia uma exposição em homenagem à memória das vítimas.

A exposição Hiroshima e Nagasaki – 60 anos do holocausto é composta por 40 trabalhos – ilustrações, cartuns e charges – produzidos sobre o tema pelos alunos da Pandora Cursos e que poderão ser conferidos até o dia 31 de agosto no Colégio Progresso (Avenida Julio de Mesquita, 840, Cambuí)

"A idéia é manter viva na mente das pessoas esta tragédia, até para que ela não se repita mais. Para isso os alunos produziram os mais diversos tipos de trabalhos, dando sua interpretação pessoal ao ocorrido", diz Ricardo Quintana, professor da Pandora.

Entre os trabalhos produzidos encontram-se desde ilustrações mais pesadas, contendo a clássica imagem da bomba, até interpretações mais poéticas e algumas mais leves, puxando para o lado cômico.

"Procuramos deixar que cada um expusesse o que pensava sobre o assunto da forma em seu próprio traço e estilo. Assim, há resultados tocantes, como a ilustração do garoto japonês segurando a bandeira ensangüentada do Japão com a bomba explodindo atrás, mas também há o desenho no qual se vê a mesma situação representada de maneira leve na forma de uma briga entre Capitão América e National Kid…", diz Quintana.

Além de ilustrações, charges e cartuns, há trabalhos produzidos em forma de manga, ou seja, o traço específico do quadrinho japonês. Os trabalhos da exposição Hiroshima e Nagasaki – 60 anos do holocausto poderão ser apreciados pelo público somente aos sábados, das 8 às 16horas.

Nos demais dias da semana a visitação é restrita a professores, alunos e pais. No entanto, alunos e professores de outros colégios também podem visitar a mostra, que termina em 31 de agosto, durante a semana. Basta agendar pelos telefones (19) 2102-6704 ou 2102-6777.

Djota Carvalho

Dario Djota Carvalho é jornalista formado na PUC-Campinas, mestre em Educação pela Unicamp, cartunista e apaixonado por quadrinhos. É autor de livros como A educação está no gibi (Papirus Editora) e apresentador do programa MundoHQTV, na Educa TV Campinas. Também atuou uma década como responsável pelo conteúdo da TV Câmara Campinas e é criador do site www.mundohq.com.br

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