Lá vem Hentai
A maior distribuidora de jogos hentai dos EUA (e por conseguinte, do Japão), iniciou negociações com um provedor adulto paulistano. O que se sabe é que este provedor deseja fazer um portal voltado única e exclusivamente para produtos hentai (nota da redação: para quem não sabe, hentai é o nome dado ao desenho japonês de gênero erótico). E não está descartada a possibilidade de se criar um site profissionalíssimo, voltado apenas as produções japonesas. Enquanto isso não acontece, descobriu-se que, neste portal hentai, haverão informações exclusivas, entrevistas com desenvolvedores de jogos japoneses, dicas de programação, artigos de memorabilia para venda, provavelmente alguns mangás relativos aos jogos… Bem como os famosos jogos da empresa Jast para venda. Os preços não foram divulgados mas os valores de tais jogos nos EUA custa menos de 40 dólares. Para quem não sabe, a empresa JAST (www.jast.com) possui, entre outros títulos de jogos hentai, o famoso game animado VIPER, a série Fairies, LightUp (um jogo do tipo Jo-Ken-Po, mas com sexo), Valikirie’s Hentai Anime Poker (personagens de anime famosas fazem coisas que nem Ossamu Tezuka imaginaria…), Angel 1 e 2 (nada a ver com os mangás de um certo desenhista lançado em versão pirata no Brasil), Nocturnal Illusions e os famosíssimos The Three Sister’s Stories, The Season’s Of Sakura e Runaway City.
SUBSIDIÁRIA
Falando em jogos eróticos japoneses, é sabido que, há alguns meses atrás, a empresa japonesa Trush/Fix Company tentou implantar seus jogos no Brasil, criando uma pequena subsidiária em São Paulo. Mas, diante do avanço da concorrência interna de outras empresas no Japão, a Trush/Fix Company preferiu adiar os lançamentos de seus jogos para o Brasil, até que esta recuperasse a perda de seu mercado interno. Não há perspectiva de quando a Trush/Fix Company voltará a negociar seus jogos no Brasil. Sorte da Jast, que encontrará um mercado amplo e fértil, esperando para ser explorado.
Desfeito o mistério dos
animes do canal Locomotion
A assessoria de imprensa desse canal por assinatura informa que os animes por eles exibidos são de propriedade deles mesmos. Havia sérias dúvidas com relação à idoneidade da origem desses animes, alguns jornais suspeitando de que se tratava de desenhos animados piratas, já que Evangelion, Saber Marionette J e tantos outros são exibidos sem seus créditos de abertura e sem o nome da distribuidora. Mas a assessoria de imprensa do Locomotion afirma que os comprou diretamente dos EUA, onde fica o escritório central deles, o que facilitou a negociação junto das distribuidoras locais. Ainda, a assessoria informa que muitos outros animes serão exibidos, como por exemplo a continuação (ou início?) de Saber Marionette, mais o longa-metragem retalhado-resumo-quebra-galho de Evangelion e em fase avançada de negociação está o anime Mahou Tsukai Tai.
Cadê Tiga?
Há um mistério no ar: que fim levou o Ultraman Tiga, trazido com tanto alarido e pompa por Marcelo Del Grecco? Fontes não-identificadas informaram que este seriado live action foi simplesmente retirado da programação por exigência da apresentadora Eliana, que não gostou dos saltos, pulos e sacolejos ultrapassados do super-herói de borracha.
Por outro lado, este seriado pode ter sido simplesmente abatido na guerra entre Pokémon e Digimon, já que a Record praticamente está reprisando Pokémon três vezes ao dia! O prejuízo da distribuidora de Marcelo Del Grecco e seu sócio teria sido enorme, já que eles estavam negociando com a Glasslite o lançamento de uma linha de brinquedos do personagem para o Dia das Crianças, em outubro. Sem exibir o seriado numa TV aberta, nenhuma empresa de brinquedos arriscaria a fabricar brinquedos derivativos de um seriado que ninguém está assistindo! Marcelo De Grecco deve estar se desdobrando como louco para que seu sonho juvenil volte a ser exibido numa TV aberta brasileira. Ele mesmo declarou diversas vezes ser fã incondicional de live-actions japoneses… Mas este articulista acredita ser isso extremamente difícil a volta de Ultraman Tiga: o mercado está pedindo desenhos animados e o tempo dos heróis de borracha e maquetes explosivas simplesmente já passou. O que é desagradável é que Del Grecco investiu uma fortuna em tradução, dublagem e produção desse seriado e, sem exibi-lo na TV, fica impossível ter de volta o retorno de seu investimento inicial. É esperar para ver. Ou não ver.
Ranma Vai Voltar…?
Iniciaram-se negociações entre a Bandeirantes e a Tikara, dona dos direitos do anime Ranma 1/2 no Brasil. Ao que tudo indica, vai passar este anime na Bandeirantes ainda este ano, provavelmente até outubro. Inicialmente programado para a Rede Manchete, Ranma 1/2 foi pro brejo devido aos problemas econômicos daquela emissora. Mas a Bandeirantes já deu sinais de concordar com as condições da Tikara, Ranma 1/2 corre o seríssimo risco de ser exibido, afinal, no Brasil. Quem vai gostar disso é o pessoal da Animangá, que trouxe o mangá Ranma 1/2 de olho na exibição (que não aconteceu) do respectivo anime.
Cybercops No Sul!
Enquanto isso, no Sul do Brasil, os live-actions japoneses estão de volta: a Sato Company, dona do Voltus Five, Super Human Samurai e Cybercops, iniciou uma série de programas-piloto em uma emissora local. Mas Nelson Sato, prioprietário dessa distribuidora, afirma que pretente exibir seu programa em São Paulo, capital. Nesse programa haverá a interação do espectador com o site do programa, revista e, ainda, a participação de associados de seu clubinho em sorteios de vídeogames, descontos em lojas e uma parte do programa terá um tipo "Show do Milhão" sobre mangá, anime… e os produtos da Sato Company, é claro. A Sato Company, ainda, negocia com grande editora brasileira o lançamento da revista de seu programa, bem como a escalação do cast (elenco) do show. Mas o grande lance é que a negociação entre a Sato Company e a editora Escala para o lançamento de uma revista de manganime com fita de vídeo grátis entrou em sua reta final: Nelso Sato encaminhou à Escala a carta-proposta com os títulos disponíveis para lançamento em banca imediato. Tratam-se de dez títulos de animes, com produtos para todos os gostos. Alguns deles são: Urotsukidoji, Voltus Five, Macross (o longa metragem), Capitão Harlock E A Nave Arcadia, Tama (um desenho animado infantil incrivelmente interessante) e muito mais! Em setembro, Nelson Sato viaja para uma feira de distribuidoras de vídeo mundiais, em que pretende negociar mais animes para o mercado brasileiro… e para o seu programa de TV.
* O mineiro José Roberto Pereira sabe tudo de Mangá e Anime, além de – segundo ele mesmo – preparar um bacalhau fantástico. José Roberto escreve aqui sem ganhar nada pra isso, mas diz que gosta assim mesmo (e a gente promete que manda uns games pra ele ficar feliz…). Saiba mais sobre ele e seu trabalho na página do Estúdio Black Knight
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