Ubiratan Libânio Dantas de Araújo, mais conhecido como Bira, é um dos únicos quadrinistas brasileiros a ter integrado o Segundo Encontro Internacional de Cartum para Imprensa na França, em Ville de Carquefou.
Também ganhou diversos prêmios Angelo Agostini como melhor cartunista (entre eles os de 2003, 2004 e 2006), além de ter representado o Brasil no Encontro Mundial de Quadrinhos na coréia, em 2006.
Mas prêmios não descrevem Bira. O mais acurado é dizer que ele é um sujeito de eterno bom-humor (a não ser quando está indignado com injustiças), belíssimo traço, detalhista, tocador de gaita e um daqueles amigos com quem se pode contar. Bira também adora falar sobre suas paixões (que não são poucas) e ganhou de alguns amigos o apelido dee "homem Windows", por sua capacidade de abordar vpários tópicos ao mesmo tempo, como se abrisse os assuntos em diferentes "janelas".
O paulistano Bira nasceu (obviamente) na Capital do Estado, em 1963, e sonhava em trabalhar como desenhista desde pequeno.
Dedicado, desenvolveu bom traço e começou a fazer carreira. Em São Paulo, estagiou nos Estúdios de Maurício de Sousa e Ely Barbosa, onde desenhou páginas do gibi "Os Trapalhões". Fez charges pro Sindicato dos Químicos e chegou até a intercalar desenho animado no Estúdio Briquet, em 85.
Em 1988 mudou-se para Campinas e adotou a cidade como sua. Dono de uma visão crítica peculiar,o "campineiro" Bira produz charges inesquecíveis como a do Governador Mário Covas vestido de Exterminador do Futuro, que circulou o país em cartazes criticando a atuação do tucano frente à Educação no Estado, ou a do ex-prefeito de Campinas, Chico Amaral, travestido como Nero e colocando fogo na cidade. Esta última charge, por sinal, pôde ser conferida na exposição terceiro turno, realizada em Campinas no final do ano 2000.
Bira já ganhou prêmios e menções honrosas em vários salões de humor e mostras, sendo que em 1999 teve trabalhos selecionados para um salão de humor na Rússia, entre outros.
Atualmente mora em Campinas e faz charges para Sinergia, do qual é contratado, além de frilas para outros sindicatos como, por exemplo, o dos petroleiros.
Também expões no Charge On Line e é colaborador de revistas de humor. A maioria dos trabalhos de Bira – entre os quais as cinco charges expostas na França – tem como tema problemas sociais como o desemprego e a falta de condições de trabalho no Brasil. O quadrinista também é craque em charges políticas, nas quais ironiza soberbamente figuras de destaque da política nacional. Por estes motivos, suas charges são as preferidas no combativo meio sindical.
Bira também é conhecido pelos amigos como um sujeito boa-praça, carinhoso e brincalhão. Quando não está desenhando, dedica-se à esposa e à filha, ou ainda à música. Bira é fã de blues e toca gaita quase tão bem quanto desenha. Para saber ainda mais sobre o quadrinista, é possível visitar um de seus inúmeros blogs e fotoblogs na Internet (procure no google, pois Bira não pára de criar novos sites…)
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