Animes pra lá de geniais

Mundo HQ

Guzura gags, né?
por Takanobu Sama *

Antes de mais nada cabe a este escriba dizer que, atendendo a pedido de 302,4 leitores que se manifestaram por e-mail, semana que vem vou falar do saudosíssimo Super-Dínamo. Mas nesta semana eu já tinha terminado minha pesquisa e vou falar sobre os ‘gags’ da Tatsunoko Productions. A Tatsunoko é a mesma que produziu o Pinóquio (socorro, vovozinho!) e vários outros animes que circularam o mundo. Entre estes estavam os desenhos chamados de ‘gags’, que receberam este nome por causa da gíria americana para as piadas curtas e rápidas, já que estes desenhos eram cômicos e tinham apenas 15 minutos de duração. E entre os gags um dos mais queridos aqui no Brasil foi…

GUZURA!!! Este anime teve 88 episódios e era muito divertido. Tudo começou quando um vulcão japonês (Monte Bikkura) entrou em erupção e, em vez de expelir lava, expeliu um estranho ovo que caiu na cidade mais próxima e rachou.
De dentro do ovo surgiu um estranho dragãozinho com um chifre no nariz (talvez um tataratataratataravô de um Pokémon, quem sabe), que ganhou o nome de Guzura.
O montrinho logo ganhou a simpatia (e um chapeu e gravata borboleta) de alguns habitantes, mas, ingênuo e atrapalhado, vivia se metendo em confusões. O fato de comer metais e qualquer tipo de máquina e estar sempre com fome, aliado ao fogo que soltava pelas ventas (inclusive quando acidentalmente espirrava), não ajudava muito a vida do monstro. Além destes ‘poderes’, Guzura também conseguia pular super-alto usando seu rabo. Na maioria das vezes, porém, tudo que ele arrumava eram encrencas…

Outro ‘gag’ da Tatsunoko que fez suceso razoável por aqui foi a FAMÍLIA GÊNIO, apesar da dublagem da época não ter sido lá estas coisas. Os 104 episódios do desenho traziam uma família de gênios que morava em uma garrafa encontrada por uma família de um bairro moderno de Tóquio. O problema é que, em vez de esfregar a garrafa para os gênios sairem, era preciso espirrar (para chamar o gênio Hashoo), ter soluço (para chamar a esposa do gênio barbudo, Eppah) ou dar um bocejo (para chamar a filha do casal, a pequena Ya-ahn). Some-se a isso o fato de que nenhum dos três conseguia acertar um desejo corretamente e de que um segundo espirro (ou soluço ou bocejo) automaticamente mandava os gênios de volta para a garrafa, e a fórmula da diversão estava pronta.

Por fim, outro anime da Tatsunoko que passou por aqui foi Hutch, a abelhinha. Este, porém, não era um gag e sim um "fairy tale" ou conto de fadas, assim como Pinóquio. Na verdade, o pacote era meio que obrigatório, ou seja, quando a TV Record comprou o anime do boneco de pau levou a gangue inteira de presente (um presente pago, é verdade…)
Hutch é uma jovem abelha (ou melhor, "um jovem" abelha) que após ver sua colméia ser destruída por vespas, ganha o mundo em busca de sua mãe (a abelha-rainha) desaparecida. Em suas aventuras – bem ao estilo japonês – ele encontra outros insetos, alguns bons e a maioria cruel, que o ensinam lições sobre a vida… Este também era páreo duro para Pinóquio em termos de depressão e violência… Semana que vem eu volto com o fantástico Super-Dínamo!!!

* Taka Sama espirrou quando estava fazendo esta matéria e agora está trancado dentro de uma garrafa.

Djota Carvalho

Dario Djota Carvalho é jornalista formado na PUC-Campinas, mestre em Educação pela Unicamp, cartunista e apaixonado por quadrinhos. É autor de livros como A educação está no gibi (Papirus Editora) e apresentador do programa MundoHQTV, na Educa TV Campinas. Também atuou uma década como responsável pelo conteúdo da TV Câmara Campinas e é criador do site www.mundohq.com.br

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