Djota Carvalho
A volta da Princesa (e do Cavaleiro)
Há muito tempo, no reino da Terra de Prata, um rei resolveu garabntir a continuidade de seu reinado dizendo a todos que Safiri, sua pequena filha que acabara de nascer, era um menino, o príncipe Safiri. E assm começou, em 1953, uma das histórias em quadrinhos mais conhecidas do mundo: A Princesa e o Cavaleiro. Criada por Osamu Tekusa, conhecido como "Walt Disney japonês"devido ao sucesso mundial de suas criações (que incluem, entre outros, Astro Boy e Kimba, o Leão Branco), a HQ virou desenho animado na década de 60 e deixou milhares de brasileiros babando em frente a TV na década de 70, quando chegou por aqui. Agora, saudosistas e fãs de desenhos animados japoneses atuais como Dragon Ball, terão a chance de comprar nas bancas brasileiros o mangá original que deu origem à série.
A Editora JBC acaba de lançar o mangá (nome dado ao quadrinho japonês) A Princesa e o Cavaleiro – no original, "Ribon No Kishi" (a tradução aproximada desta mistura de inglês e japonês é "Príncipe de Lacinho").
As revistas da série que encantou os mundos oriental e ocidental custarão R$ 3,50 cada e, ao todo, serão lançados oito volumes, totalizando mais de 800 páginas de história.
Para quem não conhece a história ou não se lembra, safiri é criada como menino para impedir que o primo do rei, o malvado Duque Duralumínio, assuma o comando. A confusão, porém, não se resume ao reino terreno, já que a história traz um enredo paralelo misturando à aventura várias doses de religião e de romance.
Quando Safiri nasce, recebe no céu um coração rosa, de menina. Mas um aanjinho chamado Ching vê o rei anunciar o nascimento de um filho homem e manda para o bebê um coração azul, de menino, por achar que houve alguma confusão (Safiri passa a ter então dois corações, um azul e um rosa).
A princesa cresce sempre escondendo que é uma menina e se torna uma hábil cavaleira e espadachim, sempre escapando das armadilhas do Duque e de seu assistente, o narigudo Nylon.
Mas quando faz 12 anos, é encontrada por Ching, que havia sido expulso do céu pela trapalhada que fez. Comovido pela situação de Safiri, o anjinho resolve protelar sua missão para ajudá-la. A partir daí começam mesmo as aventuras, nas quais o Duque Duralumínio faz de tudo para desmascarar Safiri.
Surgem ainda outros vilões, entre os quais o próprio Satã que, ao saber que o "príncipe" também tem um coração de menina, tenciona roubá-lo para dar à sua filha Heckett, uma demonizainha sem coração (em todos os sentidos).
Em suas aventuras, Safiri acaba conhecendo o príncipe Franz, da Terra do Ouro, e se apaixona por ele. Após viverem juntos várias aventuras, ele acaba descobrindo que Safiri é uma menina. Infelizmente, o Duque Duralumínio também.
Desta forma ele mata o rei e assume o comando do reino, mandando Safiri e a mãe para uma torre distante. Aí a história fica ainda melhor: mesmo sob constante vigilância, Safiri consegue sair da Torre várias vezes para tentar desfazer as maldades do Duque, disfarçada com uma máscara estilo Robin (do Batman) e usando o nome de "Cavaleiro Vingador".
Em um determinado momento, porém, chegam mais vilões e formam a "Unidade X" e começam a destruir meeeesmo o reino. Duralumínio chega a ser morto por seu asistente Nylon, com a ajuda do temível ‘Homem-de-Ferro’, e as coisas estão cada vez piores. O final da história? Bem, só mesmo lendo o gibi para saber…
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